LUSITÂNIA NÃO CONSEGUE FUGIR AOS ÚLTIMOS LUGARES

Os primeiros 10 minutos de jogo foram um tormento para o Lusitânia. Com Alex a central, Francisco Faria apostou na dupla Fábio Pomba/Miguel Oliveira para tapar as vias de comunicação atacantes da equipa do São João de Ver. Mas na fase de ajustamento posicional, os continentais aproveitaram muito bem o espaço entre a defesa e os dois pivôs, principalmente pela ação de Américo. E na primeira falha do último reduto verde-branco, num misto de indecisão e cerimónia no rechaço da bola, a formação visitante conseguiu adiantar-se no marcador por intermédio de Machadinho. E sorte teve o Lusitânia de no lance seguinte Fredy ter acertado na barra senão a ferida ficaria bem cedo praticamente insarável. Impressionante como o São João de Ver ganhava, nesta fase, todas as segunda bolas.
Aos poucos, o Lusitânia foi acordando, conseguiu lucidez tática e maior tempo de posse de bola. Os primeiros gritos de reação foram de Queirós através de lances individuais mas perfurantes. Nesse período de crescimento exibicional dos terceirenses, muito bem esteve Nuno Lima a jogar quase sempre de costas para a baliza mas a dar muita luta aos centrais forasteiros e a garantir muita bola em zona de ataque. Como vértice dianteiro distribuiu muito e bom jogo para ambos os flancos. Para que o empertigamento lusitanista causasse moça nos continentais faltou acerto no último passe. A elaboração de jogadas era interessante mas a última assistência nunca seguia o destino adequado.
O São João de Ver sentiu-se dominado mas não abdicou dos 3 atacantes. Fredy e Rui Silva ficaram mais presos a missões defensivas e a turma visitante já demorava mais a chegar à frente. Mas a eficácia, por um lado, e a intervenção menos feliz de Matias, que afastou o esférico para zona proibida, por outro, deram o segundo golo ao São João de Ver, a cinco minutos do intervalo. Essencial para a sobrevivência anímica do Lusitânia foi a obtenção do seu primeiro, tento apenas 1 minuto depois do do seu adversário. Cris marcou e fez com que os açorianos fossem para as cabinas com esperança.
Com um golo de vantagem, os alvi-rubros, do distrito de Aveiro, tentaram controlar na segunda parte o ritmo da partida diminuindo-o. O Lusitânia tentou levar ao máximo a decisão das jogadas para o meio campo contrário mas sem conseguir criar grande perigo. Os continentais mesmo em perda física apresentavam-se bem posicionados e tanto Nuno Lima como Queirós já não tinham as pernas da primeira parte. O São João de Ver teve, em contra ataque, duas boas oportunidades mas foi o Lusitânia no último suspiro a conseguir igualar o encontro. Numa altura em que no conjunto lusitanista a razão dera o lugar ao coração e num lance típico de insistência, por entre alívios deficientes, Amaral efetuou o pontapé que garantiu o ponto que pode ser muito importante para o futuro da sua equipa.
Luís Reforço esteve disciplinarmente coerente embora parecesse excessivo o amarelo a Cancela. Tecnicamente decidiu quase sempre bem.
4 estrelas!

SEGUNDA DIVISÃO   4.ª JORNADA

Estádio João Paulo II
Árbitro: Luís Reforço (AF Setúbal)
Assistentes: João Jacob e Luís Vaz

Ao intervalo:
1-2

LUSITÂNIA 2

Matias
Celso
Miguel Oliveira
Queirós
Fábio Pomba
(Heitor, 68m)
Marreta
(Rui Marques, 71m)
Bebé
(David Castro, 53m)
Cris
Amaral
Nuno Lima
Alex (cap.)

Não utilizados: Rui, João Silveira, Pedro e João Melo.

Treinador: Francisco Faria.

S. JOÃO VER 2

Nuno
Márcio
Cancela
Rúben Gomes
Fredy
Américo (cap.)
(Ministro, 85m)
Ricardo
(Amílcar, 79m)
Machadinho
(Rui Lopes, 90+3m)
Rui Silva
Xavier
Diogo

Não utilizados: Saúl e Chapinha.

Treinador: Jorge Lima.

Disciplina: cartão amarelo para Rui Silva (22m), Bebé (26m), Fábio Pomba (47m), Cancela (50m), Diogo (73m), Heitor (78m), Queirós (80m), Rui Marques (87m) e Miguel Oliveira (88m).

Marcadores: Machadinho (7m), Rúben Gomes (40m), Cris (41m) e Amaral (90+4m).

In, DI 08/10/2012