terça-feira, 25 de setembro de 2012

LUSITÂNIA vs TOCHA


O Lusitânia encontrou pela frente uma equipa boa nos processos ofensivos mas vulnerável quando atacada em velocidade e com a bola a deslizar pela relva. O Tocha apresentou dois centrais, Fernando e Miguel Cá, fortes no jogo aéreo mas facilmente ultrapassáveis no futebol de baixa altitude. O losango do meio campo continental funcionava à medida dos movimentos de Gonçalo e Micael que faziam bem incursões para dentro com o intuito de soltarem ora Hugo, ora Grolo nas costas dos laterais.
A preferência que os visitantes mostraram em atacar pelo lado direito obrigou Alex a múltiplas deslocações ao lado esquerdo para auxiliar David Castro. Também Amaral pisou muitas vezes terrenos defensivos para acompanhar as subidas do lateral Ricardo. Um pontapé na atmosfera de Fernando permitiu aos lusitanistas a obtenção do primeiro golo, apontado por Amaral.
A resposta foi quase imediata, uma vez que 4 minutos depois o Tocha conseguiu a igualdade no marcador através de um golo soberbo de Hugo, o jogador mais virtuoso da formação beirã.
Talvez porque Miguel Oliveira e Fábio Pomba ainda não estão na sua melhor forma, ao Lusitânia faltou transportadores de jogo. A equipa até se movimentou bem quando em posse de bola mas foi muito macia na procura dela. Esta flacidez competitiva dos insulares facilitou as transições do Tocha que com um futebol mais direto trouxe muitos problemas ao último reduto verde-branco.
Após o intervalo, a partida foi mais viva mas com menos oportunidades de golo. Os terceirenses melhoraram a disciplina posicional, tornaram-se mais seguros na defesa mas foram pouco perigosos no ataque. As ações explosivas de Marreta não apareceram e Queirós ficou entalado entre os altos centrais forasteiros.
As entradas de Tiago Freitas e Tó Jó polarizaram o jogo por alargarem a frente de ataque dos continentais e fazerem com que David Castro e Cris pouco se aventurassem para além da linha divisória. Embora o Lusitânia mostrasse melhor cultura de posse que o seu opositor não soube transformar esse trunfo em lances perigosos para a baliza de Marcos.
Mas se é verdade que o Lusitânia não perturbou muito o guardião contrário na segunda parte também o é que não deixou o Tocha aproximar-se muito da área de David no mesmo período. Já perto do final, David agigantou-se ao defender uma grande penalidade de Fernando. Quando o Lusitânia conseguir conciliar boa circulação de bola, que já possui, com qualidade de transporte de jogo poderá conseguir exibições de um nível acima da média.
O árbitro de Lisboa, Hélder Malheiro, esteve na generalidade bem. No lance do penalty, pareceu acertada a sua decisão. 4 estrelas!
LEG: LUSITÂNIA E TOCHA empataram a uma bola no relvado do estádio João Paulo II
2.ª DIVISÃO   2.ª JORNADA
Estádio João Paulo II
Árbitro: Hélder Malheiro (AF Lisboa)
Assistentes: Pedro Mota e Luís Estrela
Ao intervalo:
1-1
LUSITÂNIA 1
David
Celso
Miguel Oliveira
(Rui Marques, 85m)
Queirós
Fábio Pomba
(Heitor, 89m)
Marreta
Bebé
Cris
Amaral
(Pedro Rodrigues, 60m)
Alex (cap.)
David Castro
Suplentes não utilizados: Matias, Diogo Picanço, Nuno Lima e João Silveira.
Treinador: Francisco Faria.
UD TOCHA 1
Marcos
Ricardo
Fernando (cap.)
Gonçalo
Grolo
Hugo
(Tó Jó, 66m)
Micael
Mini
(Carlos Miguel, 74m)
César
(Tiago Freitas, 45m)
Miguel Cá
Real
Suplentes não utilizados: Tiago Amaral, Nicolas, Curto e Rola.
Treinador: Cláudio Nuno.
Disciplina: cartão amarelo para Mini (45m), Cris (81m), Pedro Rodrigues (81m), Alex (85m), Queirós (87m) e Gonçalo (88m).
Marcadores: Amaral (16m) e Hugo (20m).

In, DI 25-09-2012

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