sábado, 22 de setembro de 2012

NÚMERO DE INSCRIÇÕES NA FORMAÇÃO AUMENTA PARA AS 28


A direção da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo (AFAH), presidida por Nuno Maciel, resolveu aumentar, na temporada desportiva 2012/13, e como medida transitória, o limite de inscrições por equipa/clube nos escalões de formação de 25 para 28 atletas.
Recorde-se que, para a campanha em curso, a AFAH entendeu balizar em 25 o número de atletas que cada equipa/clube podia inscrever por escalão etário na formação, visando elevar a competitividade e intensidade dos jovens atletas e o aparecimento de mais clubes/equipas, medida que, contudo, desde logo mereceu a refutação da grande maioria dos emblemas filiados.  
DI sabe que a contestação tem vindo a subir de tom, algo que ficou bem patente nas recentes reuniões para calendários e sorteios das provas associativas, havendo, inclusive, quem colocasse em causa a legalidade da alteração, acusando a AFAH de "alguma arrogância e prepotência" no modo como tem gerido o processo, uma vez que "está claramente em desacordo com o desejo de um elevado número de filiados, isto para não falar na forma como desrespeita a livre vontade de os atletas escolherem a equipa/clube que pretendem representar".
Por outro lado, e seguindo a linha de raciocínio da AFAH, pelo menos um clube não percebe o porquê da medida não se estender aos seniores, já que os argumentos apresentados para a formação também são válidos para o escalão principal.
TRANSIÇÃO Para já, em missiva dirigida aos clubes, assinada pelo secretário-geral, Álvaro Carepa, datada da passada quarta-feira, à qual DI teve acesso, é informado que "na sequência do envio das Normas e Instruções para a época desportiva 2012/13, onde se definiram os limites para as inscrições de atletas por equipa/clube, será concedido um período de transição durante a temporada em curso, durante o qual a AFAH permitirá mais três inscrições (transferências ou revalidações), ou seja, o limite passa dos 25 para os 28 atletas equipa/clube".
Acrescenta o documento que "esta decisão deve-se ao facto de se tratar de uma alteração para a qual os clubes não tiveram o tempo necessário para se preparar. Por outro lado, não surgiram outras equipas de outros clubes em número suficiente, como esperávamos, pelo que, se não aplicássemos este período transitório, muitos atletas não teriam acesso à modalidade, com a devida inscrição e seguro desportivo".
Esta decisão, ao que parece, deixou os clubes ainda mais indignados, pois, conforme nos foi referido por responsáveis de dois dos grémios contestatários, "é a prova evidente de que a medida não representa qualquer mais-valia para o nosso futebol, correndo-se, sim, o risco de deixar muitos jovens sem prática desportiva. Aliás, se a mesma não atingiu os objetivos pretendidos, criar um período de transição em vez de a revogar é um perfeito disparate. Infelizmente, a AFAH continua a dar tiros nos pés, desrespeitando a vontade e os argumentos daqueles que estão no terreno todos os dias". 
Em jeito de conclusão, deixam algumas perguntas: "se, por exemplo, um atleta residente no concelho de Angra não tiver clube para jogar, por estes já terem atingido o limite de inscrições, fica obrigado a procurar clube na Praia, ou vice-versa? Ou, então, caso não consiga lugar em nenhum clube da ilha, fica sem prática desportiva? Um atleta, adepto de um determinado clube, no qual estão os seus amigos e, quiçá, familiares, fica obrigado a jogar no rival, uma vez que o seu clube do coração já tem os lugares todos preenchidos?"

In, DI 22-09-2012

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