segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ADELINO PINHEIRO, PRESIDENTE DO VILANOVENSE


FUTEBOL PERMITE 


TODAS AS VIGARICES









A DECISÃO DO CONSELHO DE DISCIPLINA (CD) DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL (FPF) NO PROCESSO QUE ENVOLVE O OPERÁRIO E O CALDAS, EM QUE UM JOGO DE CARÁTER AMISTOSO SERVIU PARA LIMPAR UM CASTIGO OFICIAL, REFORÇA O SENTIMENTO DE INJUSTIÇA DO VILANOVENSE EM RELAÇÃO AO DESFECHO DO PROCESSO QUE CULMINOU NA DESCIDA DO CLUBE AO REGIONAL?Claro que sim! É difícil de compreender como é que uma prova oficial - Taça Ilha Terceira - não serviu, embora, pelos vistos, apenas naquela época, para limpar castigos e, agora, um encontro particular já serve. A posição do CD da FPF reflete, contudo, aquilo que é a realidade do futebol português, em que a verdade desportiva é completamente desvirtuada em função dos interesses instalados e do compadrio. Um autêntico logro que envergonha todos aqueles que estão na modalidade de uma forma séria e transparente.
Lembro, a propósito, que o presidente da AF Ponta Delgada, Auditon Moniz, e outros "iluminados" defenderam, na altura, que as equipas da ilha Terceira não podiam ser beneficiadas em relação às restantes congéneres dos Açores, só que, perante os factos ocorridos no Operário - Caldas, já adotam uma posição completamente diferente. É com esta coerência que pretendem contribuir para a transparência no futebol? Tenham vergonha! Dizer que um jogo de pré-temporada se torna oficial apenas por ter árbitros associativos nomeados é, no mínimo, desrespeitar a inteligência alheia. Claro que não está em causa o clube "A", "B" ou "C", mas, sim, o princípio.
O VILANOVENSE JÁ CONTABILIZOU OS PREJUÍZOS, DESPORTIVOS, FINANCEIROS E MORAIS, RESULTANTES DA DESCIDA ADMINISTRATIVA?Posso-lhe dizer que foram enormes e que deixaram sequelas difíceis de ultrapassar. Tínhamos efetuado um investimento significativo na equipa - que, na conjuntura atual, é quase irrepetível - visando a manutenção na Série Açores e esse dinheiro foi deitado ao lixo. Por outro lado, o valor despendido em advogados e custas judiciais também é deveras considerável. Mesmo com a posterior despenalização dos atletas, a FPF nunca se dignou devolver os dois mil euros que pagámos em coimas.
A imagem do clube e a credibilidade da modalidade ficaram de tal modo afetadas que houve gente afeta ao Vilanovense que nunca mais apareceu no campo e na sede social. Tudo isto se revelou um rude golpe para uma instituição que sempre pautou as suas atitudes pela correção e elegância.
Pior do que tudo, porém, é o sentimento de profunda injustiça que perdurará na nossa memória coletiva. Espero, sinceramente, que mais nenhum clube passe por uma situação semelhante.
ESTÁ CADA VEZ MAIS CONVENCIDO DE QUE O VILANOVENSE FOI VÍTIMA DE UMA ESPÉCIE DE GUERRA DE bastidores?O Vilanovense foi vítima de várias guerras perpetuadas por pessoas sem escrúpulos e que muito contribuem para o estado lastimoso em que se encontra o futebol regional e nacional. Gente que, como é do domínio público, utilizou o futebol para benefício próprio de forma ilícita e que, como tal, deveria ter vergonha de sair à rua. Se é verdade que, felizmente, algumas dessas pessoas foram banidas, outras continuam no ativo, procurando destruir tudo e todos à sua volta.
No caso que envolveu o Vilanovense, poucos se preocuparam em defender a verdade, sendo percetível que o clube estava inocente, pois agiu sempre de acordo com os regulamentos e em função das diretrizes associativas; noutros, qualquer argumento é válido para transformar uma vigarice na maior verdade do mundo.

In, DI 05.11.2012

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