segunda-feira, 26 de novembro de 2012

SCP x SCA


Primeira parte de sonho
deixa rival sem reação


 PRAIENSE com primeira parte de sonho bate Angrense por quatro a zero
Entrada fortíssima do Praiense deixou o Angrense baralhado e sem capacidade de resposta. Marco Aurélio foi gigante no ataque.
JOSÉ ELISEU |di
Nem o mais conceituado bruxo podia adivinhar um desfecho tão desnivelado num encontro entre os dois primeiros da Série Açores. O Praiense mostrou ter estudado muito bem o adversário. Sabia que o Angrense é muito perigoso na posse de bola e que o faz preferencialmente no meio campo contrário. A formação da Praia da Vitória exerceu uma pressão bastante alta de modo a não deixar que os encarnados de Angra construíssem jogo de modo planeado.
Ser incisivo no corte do primeiro passe permitiu ao Praiense subir o bloco e dominar no capítulo dos ressaltos e despiques individuais. Ricardo Costa e Benjamim foram importantes nos roubos de bola e Vítor Alves em transformá-los em jogadas perigosas. A colocação de jogadores bem abertos e rápidos na frente, casos de Amonike, na direita, e Marco Aurélio, na esquerda, deixou os laterais Gonçalo e Vítor em constante alerta vermelho.
Quando Ricardo Costa abriu o ativo, através de um remate a meia altura, o Praiense acrescentou força psicológica ao já cimentado domínio tático e físico. Outro remédio não tinha o Angrense senão jogar o futebol que menos gosta e sabe, que é o direto. Os lançamentos compridos eram trunfos para o opositor que os anulava com facilidade. O Praiense avolumou o resultado pela gestão sábia das alternâncias de ritmo e pela inspiração de Marco Aurélio. As costas de Gonçalo foram terreno bastante explorado pelo extremo anfitrião, por ganhar sistematicamente em velocidade ao lateral.
Ao Angrense era dada cinicamente a bola para depois fazerem-se transições rapidíssimas que acabam quase sempre em lances de perigo para a baliza de Délcio. Outro fator desestabilizador foram as diagonais para dentro dos pontas do Praiense que mostravam perfeito entendimento com João Borges. Foi num desses movimentos que Marco Aurélio carimbou o quarto golo. Vendo a sua equipa batida e abatida, João Eduardo Alves trocou Rui Silveira por Rúben Rodrigues na tentativa de melhor aproveitamento do espaço entre linhas e para que Pedro pudesse ajudar no meio campo. Mas o bom posicionamento defensivo dos visitados foi tornando inócuas as iniciativas dos homens de Angra.
A segunda parte foi o que se previa. Um Angrense com mais bola e um Praiense mais controlador. O recuo voluntário das linhas adversárias permitiu ao Angrense outro tipo de veleidades atacantes. Os visitantes conseguiram a sua melhor oportunidade, aos 60 minutos, quando Rúben Rodrigues atirou ao ferro transversal da baliza de André, depois de bem assistido por Vitória e após boa receção. Manuel Costa ao trocar Amonike e Vítor Alves por Flávio e Chalana, respetivamente, trancou ainda mais o meio campo e canalizou as reservas energéticas da equipa para o contra ataque.
A etapa complementar foi, portanto, previsível e pouco interessante. Valeu o espetáculo da primeira parte, pese o desequilíbrio a favor do Praiense que é cada vez mais o líder incontestado da Série Açores.
João Pereira, do Porto, esteve bem nos lances de dúvida, como no 4.º golo do Praiense. Uma ou outra distração não mancham o seu bom trabalho.
4 estrelas!
SÉRIE AÇORES  8.ª JORNADA
Estádio Municipal da Praia da Vitória
Árbitro: João Pereira (AF Porto)
Assistentes: Rui Marques e Fernando Brandão
Ao intervalo:
4-0
Praiense 4
André
Luciano Serpa
António Alves
(Gilberto, 45m)
Caneco
Nélson
Ricardo Costa
Amonike
(Flávio, 69m)
Benjamim
Marco Aurélio
João Borges (cap.)
Vítor Alves
(Chalana, 62m)
NÃO UTILIZADOS
Ricardo Veredas, Rodrigo, Vasco Goulart e Fábio Vicente.
TREINADOR
Manuel da Costa.
Angrense 0
Délcio
Flor
Gonçalo (cap.)
(Genni, 58m)
Ivan
Rui Silveira
(Rúben Rodrigues, 33m)
Ariston
Magina
Vitória
Vítor
Márcio
Pedro
NÃO UTILIZADOS
Delmindo, Diogo, Rúben Brito, Luís e Graxinha.
TREINADOR
João Eduardo Alves.
Disciplina: cartão amarelo para Ariston (70m), Caneco (84m), Ivan (86m) e Nélson (90+1m).
Marcadores: Ricardo Costa (11m) e Marco Aurélio (16, 29 e 43m).

In, DI 26.11.2012

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