segunda-feira, 19 de novembro de 2012

OPINIÃO

OPINIÃO

MATEUS ROCHA

Angrense pleno

O inédito e histórico pleno que o Angrense se prepara para conquistar nos escalões de formação (falta apenas garantir o cetro de juniores "B") é mais um sinal evidente da hegemonia que, há alguns anos a esta parte, os encarnados da rua de São João vêm denotando no contexto do futebol jovem terceirense, conquanto, em boa verdade, falte a afirmação definitiva a nível regional.
No entanto, é da mais elementar justiça reconhecer que tamanha superioridade intramuros não surgiu por obra do acaso, mas, sim, como consequência direta de um projeto devidamente sustentado, em que a valorização do produto "made in Açores" é, de facto, a prioridade, tendo a equipa principal como montra privilegiada.
Provavelmente ao contrário de outros ilustres emblemas das ilhas de bruma, a aposta do Angrense na formação não se ficou a dever a questões conjunturais, pois desde a primeira hora que a equipa liderada por Avelino Luís Gonçalves assumiu publicamente, e com a devida convicção, aquilo que pretendia, recusando projetos megalómanos que, pese um ou outro resultado imediato, se apresentavam desfasados da realidade.
Na nossa perspetiva, o Angrense possui, pelo menos, dois méritos inquestionáveis: a aprendizagem inerente à dura lição resultante das loucuras que, num determinado período, quase acabaram com a instituição e, sem perder a ambição que é natural ao comum dos mortais, ter percebido qual é o seu espaço de intervenção, desportiva e social, no universo em que está inserido.
É por saber quem é e os caminhos que percorre que o Angrense é hoje, sem qualquer espécie de cortesia, uma referência no futebol açoriano, apresentando-se como um clube sólido, estruturado, dinâmico e moderno.

In, DI 19.11.2012

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