segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ANGRENSE x MARÍTIMO


Vitória vitória...
acabou-se a história


 ANGRENSE continua a perseguir o Praiense líder da Série Açores
Angrense domina muito mas rende pouco na primeira-parte. Nota artística para Vitória, a travar a reação do Marítimo após o descanso.
LUÍS ALMEIDA |di
Entrou em campo depois da vitória do líder Praiense, mas não se deixou pressionar. O Angrense ultrapassou com sucesso o Marítimo da Graciosa na sexta jornada da Série Açores, triunfo que, apesar de algo desinspirado no início, engordou com naturalidade. Mérito de Vitória, com dois instantes de magia...
Só deu Angrense na primeira-parte, o que não quer dizer que tenha havido muito Angrense. A formação de João Eduardo Alves assumiu completo controlo da partida e espremeu o Marítimo contra a linha de fundo, mas raramente retirou frutos do domínio, nomeadamente na criação de oportunidades de golo. Durante meia hora, os dois únicos lances (um bastante perigoso de Magina) surgem de fragilidades no bloco defensivo dos visitantes.
Mobilidade foi o argumento principal no coletivo encarnado, quer nas permutas de posição, quer quando foi necessário vir buscar jogo a zonas recuadas. Rui Silveira e Pedro Aguiar começaram nas extremas, mas este último rodou bastante com Márcio Fagundes nas costas de Magina. Houve largura para as subidas dos laterais Gonçalo e Vítor e a equipa tentou ser veloz, mas o certo é que as pontes de entendimento demoraram a aparecer, com algumas decisões erradas à mistura também a nível do passe.
O Marítimo só esporadicamente sequenciou andamento ofensivo, instalando-se atrás da linha do meio-campo, o que, na realidade, também dificultou o processo de ataque ao Angrense. Cannigia e Gervásio foram mais médios do que homens avançados, deixando apenas o ex-lusitanista Pedro Rodrigues lá na frente, mas sempre desamparado.
Tudo isto até que a bola parou e Vitória colocou-a onde colocou os olhos: no fundo das redes à guarda de Artur. Irrepreensível o livre direto do 10 de Angra aos 33 minutos. O encontro poderia mudar de feição e quase ganhou uma face mais avermelhada nos primeiros segundos da etapa complementar, mas Magina mandou por cima da trave uma bola redondinha servida por Márcio, isto quando estava a menos de um metro da linha de golo e sem ninguém pela frente. Um falhanço incrível.
Daí que a feição tenha azulado ligeiramente. Pelo menos durante oito minutos. O Marítimo, agora com Luís Filipe claramente adiantado, mostrou um pouco as garras, causando alguns embaraços ao último reduto do Angrense. Tempo para surgir Vitória, novamente em grande: recuperou a posse, correu uns bons 60 metros e, já na área, tabelou com Márcio Fagundes para um golo de belo efeito. Lance sentencioso, pois o Marítimo não parecia reunir predicados para virar um 2-0.
E não teve. Teve atitude, é justo referi-lo e Pedro Rodrigues foi perdulário quando tinha apenas Délcio pela frente, mas foram dos terceirenses os melhores projetos de finalização. O resultado final surge já nos derradeiros 10 minutos, novamente obra de Vitória, o homem do jogo, a aproveitar um castigo máximo após infração sobre Magina.
André Baltasar passou despercebido. Como tal, boa arbitragem.
SÉRIE AÇORES  6.ª JORNADA
Campo Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: André Baltasar (AF Beja)
Assistentes: António Guerreiro e César Leitão
Ao intervalo: 1-0
Angrense 3
Délcio
Flor
Gonçalo (cap.)
Ivan
Rui Silveira
(Genni, 70m)
Ariston
(Bruno, 59m)
Magina
(Filipe, 84m)
Vitória
Vítor
Márcio Fagundes
Pedro
NÃO UTILIZADOS
Delmindo, Ruben Azevedo, Ruben Brito e Graxinha.
TREINADOR
João Eduardo Alves.
Marítimo 0
Artur
Fábio Picanço
Nuno Correia
Cannigia
Luís Filipe
Gervásio
Pedro Rodrigues
(Luís Carlos, 84m)
Isidro
Mário Melo
Luís Silva (cap.)
Hugo Espínola
NÃO UTILIZADOS
Pedro Cabeceiras, Nelson Melo e Carlos Rui.
TREINADOR
Jimmy Cunha.
Disciplina: cartão amarelo para Fábio Picanço (80m) e Isidro (90m).
Marcador: Vitória (33, 54 e 81m).

In, DI 05.11.2012

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