segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

FORMAÇÃO INQUINADA (II)


Formação inquinada (II)

E deixo esta pergunta: que será de Hugo Moniz? Uma jovem promessa que esteve - à semelhança de Vítor Hugo e João Ventura - para entrar no plantel profissional do Santa Clara e que chegou a assinar contrato com os encarnados mas que acabou por "roer" a corda, quiçá pressionado para voltar atrás com a sua palavra.
Nessa altura, o Santa Clara retirou a inscrição e impediu que o jogador ficasse três meses sem jogar - algo que outros adversários não fizeram em circunstâncias semelhantes, prejudicando atleta e clube - para agora dar um soco num árbitro e deitar por terra uma promissora carreira. Valeu a pena apostar num título que acabou perdido em detrimento de uma carreira?
Ganhou a teimosia, o finca-pé e a vontade de vencer a todo o custo ao desejo de contribuir para a concretização do sonho de um jovem que tinha tudo para singrar no futebol. Hugo Moniz será penalizado pelo que fez. E quem lhe "cortou" as pernas assobia para o lado, impávido e sereno, totalmente alheio ao sucedido. E essas pessoas e outras, no futuro, tal como no passado recente, não se coibirão de repetir tal façanha com outros atletas, agora, logo ou mais tarde... Infelizmente há gente assim no futebol...
Os jovens, pressionados por (ir)responsáveis dos clubes, enveredam pela conquista fácil, pelo título prometido, por um vazio de ideias que não os leva a lado algum. Preferem uma taça ao esforço que poderiam desenvolver rumo a uma carreira bem mais valorosa. Possivelmente menos repleta de taças que fazem as delícias de quem não vê além do seu próprio umbigo, mas preenchida pela satisfação pessoal de terem concretizado o sonho em realidade.

In, DI 17.12.2012

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