Formação inquinada (I)
Está na hora! Está na hora e não pode haver mais demoras, subterfúgios ou receios de qualquer espécie sob pena da formação desportiva nos Açores, vincando-se aqui o futebol em particular, carrilar para caminhos que nada têm a ver com aquilo que é o conceito da palavra formar. E a avaliar pelo que se assistiu em três fins de semana consecutivos no futebol de formação em São Miguel não restam dúvidas de que já há quem tem medo de ir aos jogos.
Formar é, em primeiro lugar, valorizar a competência humana, o convívio, a camaradagem e o estreitar de laços entre colegas que são rivais apenas no campo. A formação não pode nem deve nunca ser uma vitrina para treinadores e dirigentes exporem as suas vaidades, os seus orgulhos e preconceitos num horizonte que não vai além dos seus umbigos!
Pelo que se viu recentemente, principalmente no jogo de juniores que opôs o Santiago ao São Roque, com três atletas do São Roque a agredirem o árbitro ao soco e ao pontapé ao ponto do juiz do encontro ter de ser transportado para o hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, e àquela unidade de saúde ter regressado devido a uma recaída após receber alta, percebe-se que não foi apenas a vontade de ganhar que esteve em jogo.
O recurso à violência física é o reflexo do ódio - digo bem, ódio - que muitos dirigentes e treinadores fomentam contra clubes rivais, gerando nos seus atletas sentimentos semelhantes que não se coadunam com o processo formativo. Não restam dúvidas que há gente que não deveria andar no futebol, tão pouco deveria ser responsável por jovens em processo de formação que não só não aprendem a respeitar quem ganha, como também revelam um ciumento e até doentio mau perder.
Formar é, em primeiro lugar, valorizar a competência humana, o convívio, a camaradagem e o estreitar de laços entre colegas que são rivais apenas no campo. A formação não pode nem deve nunca ser uma vitrina para treinadores e dirigentes exporem as suas vaidades, os seus orgulhos e preconceitos num horizonte que não vai além dos seus umbigos!
Pelo que se viu recentemente, principalmente no jogo de juniores que opôs o Santiago ao São Roque, com três atletas do São Roque a agredirem o árbitro ao soco e ao pontapé ao ponto do juiz do encontro ter de ser transportado para o hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, e àquela unidade de saúde ter regressado devido a uma recaída após receber alta, percebe-se que não foi apenas a vontade de ganhar que esteve em jogo.
O recurso à violência física é o reflexo do ódio - digo bem, ódio - que muitos dirigentes e treinadores fomentam contra clubes rivais, gerando nos seus atletas sentimentos semelhantes que não se coadunam com o processo formativo. Não restam dúvidas que há gente que não deveria andar no futebol, tão pouco deveria ser responsável por jovens em processo de formação que não só não aprendem a respeitar quem ganha, como também revelam um ciumento e até doentio mau perder.
In, DI 10.12.2012
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