segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

SCL v BENFICA CASTELO BRANCO


Uma estranha
empatia com o ferro


 LUSITÂNIA volta a perder (0-1) em casa e mantém-se no fundo da tabela
Resultado cinzento numa partida amarga, onde a finalização foi o calcanhar de Aquiles e a linha que separou a vitória da derrota.
DANIEL COSTA |di
Nos primeiros minutos foram os forasteiros quem impuseram o andamento, através de um futebol de passe curto e apoiado, ao qual respondeu com acerto defensivo o coletivo leonino, recorrendo a uma boa cobertura, evitando que o adversário conseguisse espaços e penetrasse na área de David Dinis, excetuando os lances de bola parada que, até ver, não levavam perigo, mesmo quando o alto central Vasco Guerra lá surgia.
Aos poucos o Lusitânia começou a ser uma equipa perigosa e incómoda, e a demonstrar, em parte, o porquê de se encontrar numa situação delicada na classificação. No futebol de hoje as oportunidades não abundam, por isso há que demonstrar eficácia na finalização nas poucas que surgem. Isto ainda se torna mais desesperante quando as situações são flagrantíssimas e não são concretizadas, transformando-se numa linha que separa o êxito do insucesso.
Desta forma, enviar duas bolas ao ferro e uma por cima com a baliza escancarada é dose de infelicidade a mais para uma equipa que necessita de pontos. Ao minuto seis Rui Marques poderia ter iniciado a escritura deste encontro pela positiva, quando, muito bem servido por uma bola metida nas costas da defesa continental, surgiu isolado mas, caprichosamente, a redondinha embateu no ferro, perante o desespero de colegas e adeptos.
Demonstrando uma clara empatia com o ferro, Rui Marques repete a façanha, após um soberbo cruzamento de trivela na direita de Amaral, só que desta feita, prosseguindo a viagem após embater no ferro, o esférico apanhou Pomba em posição frontal com a baliza à sua mercê, mas o remate saiu demasiado alto e, com isso, o nulo ao intervalo penalizava claramente os verdes.
O Benfica e Castelo Branco voltou a pegar no jogo no segundo tempo. Foi porfiando de uma forma sustentada com cabeça tronco e membros e demonstrando grande eficácia. Lá está, a eficiência a fazer a diferença. Quando teve nos pés a possibilidade de marcar, fê-lo através de um lance corrido, com a bola a sobrevoar a área leonina da esquerda para a direita e, posteriormente, para o eixo, aparecendo na cara de David o capitão Nuno Marques a concluir. Simples e, acima de tudo, eficaz.
Este golo produziu mudanças táticas. Os forasteiros passaram a esperar pelo adversário. Com o Lusitânia agora na liderança do encontro, os encarnados tiveram, finalmente, mais espaços e, através de lances diretos, conseguiram criar embaraços aos locais que ainda tiveram mais uma situação de golo perdida a dois tempos, primeiro por Stela e depois por Amaral. Contudo, seria David Dinis a manter a esperança até ao fim, ao defender uma grande penalidade mas, infelizmente para os terceirenses, a derrota pela margem mínima veio mesmo a confirmar-se.
Arbitragem: regular.
SEGUNDA DIVISÃO - 11.ª JORNADA
Estádio João Paulo II
Árbitro: Ricardo Moreira (AF Vila Real)
Assistentes: Nuno Fraguito e Sérgio Jesus
Ao intervalo:
0-0
Lusitânia 0
David Dinis
Celso
Dário
Stela
Queirós
(Miguel Oliveira, 62m)
Pomba
(Marreta, 57m)
Bebé
(David Castro, 63m)
Cris
Amaral
Alex (cap.)
Rui Marques
NÃO UTILIZADOS
Rui Santos, Ricardo, Cardoso e João Silveira.
TREINADOR
Francisco Faria.
Benfica CB 1
Fábio Mendes
Vasco Guerra
João Afonso
Nuno Marques (cap.)
Tomás
Álvaro
(Fixe, 90m)
Gonçalo
Esquivas
Patas
Telmo
(Ronan, 70m)
Fábio Brito
(Delmiro, 84m)
NÃO UTILIZADOS
Hélder Cruz, Tarzan, Graça e Rabaa.
TREINADOR
Ricardo António.
Disciplina: cartão amarelo para Esquivas (68m), Dário (72m) e Cris (83m).
Marcador: Nuno Marques (55m).

In, DI 17.12.2012

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