segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PRAIENSE x PRAINHA


Um olho no burro
e outro no cigano


 PRAIENSE continua simplesmente demolidor na Série Açores da Terceira Divisão
Praiense astuto venceu (3-1) com inteira justiça um adversário lutador, mas demasiado curto perante os argumentos contrários. 
CARLOS DO CARMO |di
O jogo começou repartido com o Prainha a marcar muito bem o temível trio atacante dos locais, pois João Borges era bem controlado por Abdoulaye, Diogo Ávila fazia sombra a Marco Aurélio e, no lado esquerdo dos forasteiros, José Carlos seguia Amonike com atenção.
A turma do Pico impunha o seu maior poderio físico na defesa e meio-campo, e tentava em lançamentos em profundidade apanhar a defensiva local em contrapé. Contudo, o Praiense cedo começou a trocar a bola rente à relva e, numa triangulação perfeita do trio maravilha, Amonike foi derrubado em plena área, num lance que resultou em grande penalidade, que foi bem convertida por Marco Aurélio.
A turma forasteira não acusou o tento sofrido e só não empatou logo a seguir porque o seu capitão (Luís Machado), em posição privilegiada, tirou mal as medidas à baliza. O jogo ficou mais repartido e o Praiense ainda viria a falhar outra grande penalidade, pois desta vez Marco Aurélio atirou por cima do travessão, perante o desencanto da bem preenchida plateia.
Até ao intervalo o Prainha foi quem mais perigo criou, sobretudo em lances de bola parada onde impunha a sua maior capacidade física. Sidney, por duas ocasiões, podia ter feito melhor nesse tipo de lances...
Na etapa complementar o Prainha subiu a equipa no terreno e Orlando criou perigo num remate que passou muito perto da trave de André Vieira. O domínio do jogo estava agora do lado dos picarotos, perante um Praiense que jogava mais na expectativa, tentando preservar a curta vantagem contra um oponente que aproveitava os livres para bombear bolas para a área, tentando tirar proveito da maior estatura dos seus atletas.
O cântaro tantas vezes vai à fonte que um dia fica lá; e foi mesmo num lance de bola parada que Sidney (sempre ele...) foi às alturas e, no primeiro poste, fez o golo do empate. A turma do Pico ainda saboreava o tento e, na resposta, o Praiense volta a marcar, desta vez com João Borges a rematar colocado, após um lance muito bem tirado por Ricardo Costa do lado esquerdo do ataque terceirense.
A turma da ilha montanha acusou em demasia o golo e perdeu muita da clarividência que vinha exibindo até então, e disso aproveitou-se Amonike (o melhor em campo) para no seu estilo peculiar fazer mais uma impressionante arrancada onde deixou tudo e todos para trás, fintou o guarda-redes e atirou para as redes desertas lançando a festa nas bancadas.
Ao subirem tanto no terreno, os visitantes pagaram bem caro a fatura, pois uma equipa que tem pela frente um adversário com a qualidade técnica deste Praiense, como se diz na gíria, tem de ter "um olho no burro e outro no cigano"...
Sem ter efetuado uma exibição de encher o olho (muito longe disso...), o Praiense foi a equipa mais objetiva dentro do campo e acaba por ser um justo vencedor. O Prainha apresentou bom futebol, mesmo tendo usado e abusado do chuveirinho para a área do adversário.
SÉRIE AÇORES - 15.ª JORNADA
Estádio Municipal da Praia da Vitória
Árbitro: João Silva (AF Braga)
Assistentes: Vítor Barbosa e Manuel Fernandes
Ao intervalo:
1-0
Praiense 3
André Vieira
Luciano Serpa
António Alves
Filipe Luís
Nélson Gomes
Ricardo Costa
Amonike
Emanuel Amaral
(Vítor Alves, 52m)
Marco Aurélio
João Borges (cap.)
(Vasco Goulart, 85m)
Fábio Vicente
(Rui Silva, 60m)
NÃO UTILIZADOS
Ricardo Veredas, Gilberto Meneses, Hugo Silva e Flávio Gomes.
TREINADOR
Manuel da Costa (Chalana).
Prainha 1
Kyle
José Carlos
Abdoulay Diallo
Meta
Orlando
Kelvin
(Wilson, 77m)
Nuno Ventura
(Zé Pedro, 75m)
Luís Machado (cap.)
Sidney
João Frazão
Diogo Ávila
NÃO UTILIZADOS
Pirata e Luís Carlos.
TREINADOR
Jeremy Maiato.
Disciplina: cartão amarelo para Diogo Ávila (17m), Meta (30m), Kelvin (45m), Nuno Ventura (62m), Amonike (68m) e Nélson (90+3m).
Marcadores: Marco Aurélio (17m, g.p.), Sidney (64m), João Borges (65m) e Amonike (80m).

In, DI 28.01.2013

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