segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

SCA x SANTIAGO


É amargo dominar e perder o jogo


 ANGRENSE surpreendido (0-1) na receção ao Santiago de Água de Pau
O Angrense foi mais ofensivo, construiu mais oportunidades, mas perdeu para uma equipa do Santiago que conseguiu a eficácia plena.
JOSÉ ELISEU | di





Os encarnados de Angra tiveram alguns problemas em impor o seu jogo durante toda a primeira parte. Foram importantes para as pretensões do Santiago as ações de Ludgero e Valério Botelho que cortaram muito jogo na fase de saída do Angrense.
Raramente era dado tempo a Vitória para pensar e com isso o futebol dos terceirenses descaracterizou-se. Aumentou o número de perdas de bola relativamente ao habitual e não foi ativado o jogo exterior por mérito repartido pelos laterais, Luís Soares e Jorginho, e por Manu.
Os verde-brancos de Água de Pau apresentaram um eixo central forte, embora lento. Nuno Sociedade na retaguarda, Manu um pouco mais à frente, Ludgero entre linhas e Filipe Andrade na frente davam solidez a esse eixo. Com a estratégia de secar os criativos do adversário, o Santiago conseguiu, também, levar o jogo para o ritmo que mais lhe convinha.
Mas a baixa velocidade com que se jogava interessava aos forasteiros para o controlo da partida, mas não lhes permitia criar oportunidades de golo. Teve-as o Angrense por duas vezes e ambas na sequência de lances de bola parada. No seguimento de um livre, Rúben Azevedo atirou ao poste e num canto Márcio chutou forte por cima do travessão.
A mobilidade e dinâmica dos jogadores locais aumentaram substancialmente após o intervalo. Vitória passou a ter mais espaço para distribuir e fê-lo para as duas faixas, onde Rui e Márcio passaram a ser servidos com mais frequência. Passou a haver uma conexão entre Vitória e Magina, este muito bem como pivô ofensivo, e as jogadas de entendimento começaram a aparecer.
Com a entrada de Pedro, o jogo alargou e a equipa do Santiago rangeu toda perante a velocidade imposta. Revelou-se, então, a maior valia técnica da formação de Angra que impulsionava um futebol variado e acutilante. Com o teatro de operações instalado no seu meio campo, a turma de São Miguel recuou compulsivamente, ficando somente Tozé na frente e cada vez mais isolado pelo afrouxamento físico de Ludgero.
Mas num contra-ataque muito bem delineado pelo lado direito, o Santiago alcançou o golo da vitória. Foi um bom envolvimento em que o passe de calcanhar de Paulo Vidinha desconsertou a defesa do Angrense que viu Luís Soares na linha de pequena área fazer um golo relativamente fácil. Os pupilos de João Eduardo Alves reagiram bem, apesar do pouco tempo que os separava do apito final. Mas todas as vezes que o Angrense conseguiu romper o tecido defensivo verde-branco pecou na finalização.
A equipa de arbitragem chefiada pelo micaelense Mário Botelho esteve melhor na primeira parte. Pareceu-nos mal assinalado um fora-de-jogo a Magina, ao minuto 60. Mas, como originou um golo invalidado, acaba por ter influência no resultado.
2 Estrelas!
SÉRIE AÇORES - 14.ª JORNADA
Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Mário Botelho (AF Ponta Delgada)
Assistentes: João Paulo Medeiros e Aires Gata
Ao intervalo: 0-0
Angrense 0
Délcio
Gonçalo (cap.)
Ivan
Rui
(Pedro, 52m)
Ariston
(Miguel Fisher, 68m)
Magina
Vitória
Vítor
Rúben Azevedo
Márcio
Graxinha
(Filipe, 86m)
NÃO UTILIZADOS
Delmindo, Diogo Silva, Rúben Brito e Luís Vieira.
TREINADOR
João Eduardo Alves.
Santiago 1
Armindo
Luís Soares
Jorginho
Manu
Filipe Andrade
(Rodrigo, 86m)
Ludgero (cap.)
Paulo Dinarte
Armando
Nuno Sociedade
Valério Botelho
Tozé
(Paulo Vidinha, 72m)
NÃO UTILIZADOS
Não houve.
TREINADOR
Sérgio Santos.
Disciplina: cartão amarelo para Jorginho (41m), Armindo (45+2m), Márcio (45+2m), Paulo Vidinha (73m), Nuno Sociedade (76m), Vítor (82m) e Vitória (90+3m).
Marcador: Luís Soares (82m).

In, DI 21.01.2013

Sem comentários:

Enviar um comentário