terça-feira, 23 de abril de 2013

A ESPERANÇA MANTÉM-SE


Tantas tentativas
e nada garantido


 AMARAL foi um dos mais perigosos do Lusitânia... até ser substituído
Oportunidades, muitas. Golos, apenas um. Domínio claro. Lusitânia adia decisão da permanência para Cinfães. Bustelo também empatou.
LUÍS ALMEIDA |di






Todas as esperanças num só jogo, o da 29.ª jornada. Fica a faltar a ida a Cinfães, bastante mais dura. A jogar em casa, com as bancadas cheias de fé, acreditar na subida era o passo principal para a conseguir. Foi Amaral o primeiro a querer elevar a crença do Lusitânia para uma hipótese real. Deslumbrou-se a dois palmos da linha de golo. Miguel, que tem nome de Ronaldo, fez o papel de astro da bola e, de livre, marcou com imensa classe. Meia dezena de minutos. E agora?
Agora chamem o Stela, ele que já contribuiu com tentos decisivos esta época. Novo livre, espécie de canto mais curto junto à bandeirola que abre caminho para o túnel de acesso aos balneários. Bola diretamente para dentro da baliza de Guedes. Soberbo. Era, de facto, um Lusitânia perigoso. Amaral furou por duas vezes e ainda rematou de longe para defesa milagrosa. Marreta hipnotizou adversários no assalto à grande-área, mas abrandou a assistência que se impunha.
Pensamento. Foi o que foi faltando ao Lusitânia até final da primeira-parte. Amaral foi sempre um quebra-cabeças pela esquerda, Marreta surgiu na zona central do ataque, com Diogo Picanço pela direita. Alex, Rui Marques e Stela no miolo, com este último claramente de apoio ao ataque. Bebé, na lateral-esquerda, foi figura de proa neste encontro, ele que se despede do João Paulo II. A equipa processou o ataque com insistência, chegou lá repetidamente, mas foi querendo fazer demasiado depressa, perdendo eficácia. O jovem Tourizense foi mais sereno e, em dois lances, quase ampliou.
Três minutos após o descanso e a ineficácia manteve-se. O Lusitânia sempre atrevido, mas também sempre perdulário. Amaral a alta velocidade deixou Fábio a léguas, a bola sobrou para Marreta que, em zona frontal, demorou o tempo suficiente para deixar escapar a manutenção. O Bustelo já perdia por 3-1. Um empurrãozinho mais. Faltava pouco por entre a insegurança defensiva do Tourizense.
Depois, azar em doses de espetáculo. Grande remate de Diogo Picanço, à meia-volta, ainda de muito longe, salvo milagrosamente pelo poste. O Lusitânia sufocava, encostando o adversário às zonas onde a festa já poderia ter acontecido. O Tourizense aguentava, sem arte e engenho para incomodar. Mas eis que sai Amaral, estranhamente. Entra Queirós para avançado, deslocando-se Marreta para a esquerda. Nuno Lima também chegou ao jogo, mexendo um pouco na estrutura. Com Fábio Pomba, o risco cresceu, pois até Alex se adiantou.
Mas... nada de novo. Após a saída de Amaral, o Lusitânia perdeu repentismo e velocidade. Apostou nas bolas longas e só por uma vez Marreta, ao segundo poste, quase efetivava o que várias vezes esteve perto de acontecer. Nunca aconteceu, nem mesmo em vantagem numérica. E o Bustelo chegou ao 3-3. Tudo adiado para Cinfães.
Arbitragem discreta, apesar de uma dúvida dentro da área forasteira. Mas Quitério Almeida merece isso mesmo: o benefício da dúvida.
2.ª Divisão - 29.ª jornada
Estádio João Paulo II
Árbitro: Quitério Almeida (AF Lisboa)
Assistentes: André Pereira e Flávio Ramos
Ao intervalo:
1-1

Lusitânia 1
David
Ricardo
Stela
(Fábio Pomba, 84m)
Diogo Picanço
(Nuno Lima, 75m)
Miguel Oliveira
Marreta
Bebé
Cris
Amaral
(Queirós, 67m)
Alex (cap.)
Rui Marques
NÃO UTILIZADOS
Rui Santos, Celso, João Silveira e David Castro.
TREINADOR
Ricardo Rosa.
Tourizense 1Guedes
Fábio (cap.)
Vieira
Cristiano
Telmo
Zé Pedro
(Costinha, 84m)
Tiago Ronaldo
Miguel Martinho
Tony
Daniel
(Bernardo, 72m)
Carlos Daniel
NÃO UTILIZADO
Miguel.
TREINADOR
André David.
Disciplina: cartão amarelo para Vieira (69 e 74m), Cristiano (77m), Telmo (77m), Nuno Lima (90+3m) e Miguel Martinho (90+3m). Vermelho, por acumulação, para Vieira (74m).
Marcadores: Tiago Ronaldo (9m) e Stela (27m).

IN, DI 22.04.2013

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