terça-feira, 2 de abril de 2013

VI TORNEIO DO RAMO GRANDE - RAUL OLIVEIRA "FUTURO PASSA PELA FORMAÇÃO"


"Futuro passa pela formação"


Mais do que um simples torneio, iniciativas como esta são um sinal claro de que a aposta nos escalões de formação é a única forma de garantir o futuro do futebol terceirense. Esta tónica, sempre presente, esteve bem vincada na sexta edição do Torneio do Ramo Grande. A opinião é de Raúl Oliveira, coordenador do setor da formação do Juventude Desportiva Lajense, clube organizador do evento, que decorreu entre 29 e 31 de março.
Numa altura em que ainda se realizavam os jogos de apuramento do terceiro ao sexto lugares, o responsável técnico fazia um balanço positivo. "No que toca às componentes desportiva e social, penso que o balanço é extremamente positivo, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores. Todos ficaram muito agradados com a competição, que aconteceu em todos os escalões de futebol de 7. O feedback de todos os participantes é muito bom, sendo que, nalguns casos, até superou a expectativas iniciais", destacou Raúl Oliveira.
Uma das grandes mais-valias do Torneio do Ramo Grande prende-se com o contacto com realidades diferentes, além de permitir aos jovens jogadores um momento de competição salutar. "Penso que se trata de um evento de grande importância. Não só as equipas da ilha se voltam a encontrar, como também enfrentam formações de outras realidades, como a Académica de Coimbra, que, de facto, é um clube de outra nomeada. Por outro lado, a participação de equipas de ilhas mais pequenas, como S. Jorge e Graciosa, também merece destaque. Para os nossos jovens, este contacto é importantíssimo. Ajuda à captação e à fixação, mas também a potenciar aquilo que de bom se vai fazendo nos nossos clubes", sublinha o treinador do Juventude Desportiva Lajense.
A aposta na juventude é, pois, o caminho a seguir. Raúl Oliveira entende que a principal preocupação deve estar na base do espetro competitivo. "É preferível apostar na formação. É preferível apostar na base da pirâmide. É preferível apostar na nossa realidade, em vez de se apostar em 'ideias malucas'. O passado deu-nos exemplos de gerências desastrosas, que foram, a todo o custo, atrás do objetivo que é ganhar e subir de divisão. Normalmente, hipotecamos o futuro das nossas coletividades. Há que dar valor e potenciar o que temos de melhor."
E isto tem acontecido? "Nalguns casos sim, noutros nem tanto. Ainda assim, os nossos clubes que participam na Série Açores e na 2.ª Divisão, todos apostam no jogador da Região. É porque temos qualidade para andarmos nos níveis nacionais mais baixos. Este é o caminho do futuro", conclui Raúl Oliveira.

In, DI 01.04.2013

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