domingo, 24 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA NUNO MACIEL "ARBITRAGEM"

Claro que desde que entrámos na AFAH, este tem sido o setor mais frágil, a Arbitragem, não tem havido a devida renovação, os clubes também são instados a nomear pessoas para fazerem o curso e praticamente não nomeiam ninguém, e não podemos esperar que os árbitros que concluam o curso, vão logo apitar jogos de, digamos, grande responsabilidade, grande pressão, de grande carga emocional e é natural que, sendo um quadro de árbitros tão reduzido, se tivéssemos um número de árbitros que nos permitisse andar a rodar, assim o faríamos, se eles aparecessem mês a mês à frente das equipas, a situação seria diferente porque já quase não se lembravam o que é que tinha acontecido à meses atrás, como o quadro é reduzido, e alguns deles, eu também sei que não querem prestar provas físicas, e por isso, ainda fica mais reduzido o quadro, é natural que os jogadores, os treinadores e os dirigentes achem que são sempre os mesmos e que pensem que estão deliberadamente a prejudicá-los, curioso é quando vemos um jogo no meio das duas claques e vemos que ambas se queixam, é um fenómeno comum e corrente, portanto é esta a realidade que nós temos e os clubes sabem desta realidade e sabem que a vida de árbitro não é fácil e apesar deles estarem ali a ganhar dinheiro, pouco penso eu, mas também não há mais para dar, e consequentemente, não há forma de ultrapassar isto, a não ser que os clubes queiram por seu modo próprio, porque a AFAH não tem dinheiro, mandar vir árbitros de fora, ou se não quiserem estes, também podem recrutar na bancada e ver qual é o efeito que isso dá, tivemos uma experiência o ano passado, em Ponta Delgada, durante uma greve dos árbitros, que foi pior a emenda que o soneto, como se costuma dizer.

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