PRAIENSE x VITÓRIA

Quase dava
para dormir...

 PRAIENSE está muito perto de festejar a subida e o título da Série Açores

Triunfo inquestionável do líder da Série Açores, é verdade, mas a produção futebolística foi demasiado pobre, a exemplo do Vitória.

CARLOS DO CARMO |di






Se é adepto do Praiense e ontem resolveu ficar em casa e não ir ao estádio da cidade do poeta/escritor Vitorino Nemésio, temos a dizer ao caro leitor que teve a melhor escolha, pois iria assistir a um encontro parco em emoção, onde quase deu para adormecer...
O Praiense recebeu e venceu o Vitória FC, emblema da vizinha e simpática ilha do Pico, num encontro que esteve muito longe mesmo de ser emotivo, bem pelo contrário...
O jogo foi repartido nos primeiros minutos com ambas as equipas a estudarem-se, muitas bolas pelo ar e o Praiense a tentar impor o seu futebol perante um adversário cauteloso na defensiva e muito lento a sair para o contra-ataque.
Até aos primeiros 30 minutos o prélio foi bastante enfadonho mesmo, com a turma local a jogar com João Borges, Vítor Alves e Flávio na frente de ataque. Contudo, eram raras as bolas que chegavam em condições à dianteira, devido à forte pressão dos forasteiros.
A primeira meia hora de encontro foi mesmo para esquecer, sem oportunidades de golo dignas desse nome. O Praiense teve então três minutos muito bons, onde viria a marcar após encostar o adversário às cordas e ter obtido um penalti bem convertido por Vítor Alves. Porém, a equipa viria a cair novamente na letargia até ao final do embate.
Na segunda parte a lentidão voltou a ditar regras, com o Praiense muito previsível no ataque e o adversário sempre remetido no seu eixo defensivo, sem ideias e sem futebol para tentar ir em busca do empate. Aos 60 minutos João Borges é expulso por palavras e deixa a sua equipa a atuar com dez unidades.
O treinador Manuel da Costa (Chalana) mexeu na equipa que se manteve coesa, mas sem ideias para impor um futebol mais acutilante perante um adversário que nem com uma unidade a mais conseguiu incomodar o oponente.
Vasco Goulart falhou o segundo golo de forma infantil quando tinha espaço e tempo para fazer bem melhor, após boa jogada coletiva. A equipa do Vitória só conseguiu dois remates intencionais, ambos por intermédio de Diogo. Todavia, André deteve ambas as tentativas sem problemas de maior.
A defensiva da equipa da casa, bem como o seu meio-campo, esteve bem a tapar os caminhos para a baliza de André.
A verdade é que o lesionado Amonike faz mesmo muita falta a esta equipa do Praiense, uma vez que a sua vivacidade e poder de explosão fazem danos a qualquer defesa e foi precisamente isso que faltou ao Praiense durante todo o desafio.
Foi provavelmente o pior jogo que vimos a equipa do Ramo Grande fazer, mas ainda assim o suficiente para carimbar uma primeira fase sem derrotas. Aliás, diga-se em abono da verdade que os locais jogaram o suficiente para vencer um adversário tão débil. A subida e o título da Série Açores estão cada vez mais perto.
Mesmo tendo jogado mal, o Praiense foi, com certeza, a melhor das três equipas em campo, o que é revelador da qualidade do espetáculo...
SÉRIE AÇORES - 18.ª JORNADA
Estádio Municipal da Praia da Vitória
Árbitro: Nuno Campos (AF Setúbal)
Assistentes: Pedro Gamito e Daniel Ruivo
Ao intervalo:
1-0
Praiense 1
André Vieira
Luciano Serpa
António Alves
Filipe Luís
Nélson Gomes
Ricardo Costa
(Benjamim, 66m)
Flávio Gomes
(Vasco Goulart, 62m)
Rui Silva
Marco Aurélio
João Borges (cap.)
Vítor Alves
(Emanuel Amaral, 85m)
NÃO UTILIZADOS
Ricardo Veredas, Hugo Silva, Nuno Moreira e Mauro Maciel.
TREINADOR
Manuel da Costa (Chalana).
Vitória 0
Ivo Lima
Ivo Fraga
Pedro Santos
César Lopes
(Sandro Gomes, 65m)
Toni
André Ávila
(Simão, 79m)
Carlos Alves
Diogo Oliveira
Ruizinho
Diogo Cambuende
Pedro Silveira
NÃO UTILIZADO
Miguel Leal.
TREINADOR
José Santos.
Disciplina: cartão amarelo para Toni (25m), Pedro Silveira (32m), Flávio Gomes (56m), Ricardo Costa (64m) e Rui Silva (78m). Cartão vermelho para João Borges (60m).
Marcador: Marco Aurélio (32m, g.p.).

In, DI 18.02.2013