SCA x SCP

Título ao virar
da esquina

 PRAIENSE deu passo importante rumo ao título ao pontuar em Angra do Heroísmo

O empate encaixa como uma luva nos intentos do Praiense, num prélio nem sempre bem jogado. Equipa da Praia foi mais equilibrada.

DANIEL COSTA |di





Uma hesitação de André, que ficou a meio caminho numa bola metida para a zona frontal, permitiu a Magina intrometer-se e abrir o ativo, um tanto ou quanto contra a corrente de jogo verificada até então, já que era a formação da cidade de Nemésio quem demonstrava o sinal mais e tinha mesmo criado dois lances de perigo.
Ao minuto dois com Amonike a fugir pela direita, arrancando um bom cruzamento ao qual Luciano Serpa não conseguiu a emenda por pouco e, dois minutos depois, é Amonike a romper pelo meio mas o remate não segue a direção desejada.
O prélio atravessou então uma ligeira fase de menor fulgor, em função de uma série mais faltosa, originando paragens excessivas, quebrando o ritmo do jogo.
Com um meio campo mais versátil, rápido e dinâmico, o Praiense voltou a pegar no jogo e Ricardo Costa pela zona frontal consegue empatar a partida, dando maior justiça ao desenrolar dos acontecimentos, já que o Angrense sentia inúmeras dificuldades em chegar junto das redes de André.
A exceção eram os lances de bola parada e o jogo direto, tendo sempre como alvo o inevitável Magina que era um homem muito só na frente, em virtude dos recuos sistemáticos dos extremos Pedro e Márcio no sentido de ganhar a batalha do meio campo que pendia claramente para os lados dos pupilos de Manuel da Costa.
Este figurino equilibrou a equipa no meio e deu-lhe mesmo maior predominância, mas com a manta encolhida faltou depois capacidade de explosão na frente, tornando o desafio mais monótono e sem situações de frisson até ao final dos primeiros 45 minutos.
O Praiense voltou a dar um ar da sua graça no reatamento, mas o Angrense, a necessitar dos três pontos, começou paulatinamente a crescer e a encostar o adversário mais para a retaguarda.
Vitória, de livre direto, faz a bola embater estrondosamente no travessão das redes de André. Continuando a pressionar, Pedro obriga André a valorosa defesa.
Era o melhor período do Angrense, numa fase em que o Praiense sentia dificuldades em manietar o futebol ofensivo dos angrenses e também numa altura em que o jogo atingiu uma fase menos bonita com excesso de faltas e cartolinas amarelas, aqui também com alguma colaboração da equipa de arbitragem.
Era chegada então a fase de reestruturar os onzes. No Praiense, o primeiro a mexer, Manuel da Costa, vendo que estava a perder o controlo do meio campo, lançou o experiente Fábio Vicente, introduzindo posteriormente o rápido Vasco no sentido de pressionar e evitar as subidas das unidades mais recuadas para criar desequilíbrios.
Estas mexidas voltaram a consolidar a equipa, respondendo João Eduardo Alves com alterações mais arrojadas no tudo por tudo para chegar à vitória, trocando um lateral, Gonçalo, e lançando um extremo, Rui Silveira.
Mais tarde, trocaria Ariston por Ruben Rodrigues, mas o Praiense era de facto uma equipa mais confiante e motivada. Quem vai na frente, por vezes, tem este condão e, como tal, o resultado não sofreria alteração, apesar de no minuto 90 Magina ter tido a possibilidade de desfazer o empate.
Arbitragem: fraquinha.
SÉRIE AÇORES - 17.ª JORNADA
Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Ivo Santos (AF Algarve)
Assistentes: Pedro Oliveira e Tiago Cravo
Ao intervalo:
1-1
Angrense 1
Délcio
Gonçalo (cap.)
(Rui Silveira, 67m)
Ivan
Ariston
(Ruben Rodrigues, 85m)
Magina
Vitória
Vítor
Ruben Azevedo
Márcio
Pedro
Graxinha
(Bruno, 74m)
NÃO UTILIZADOS
Delmindo, Genni, Ruben Brito e Filipe.
TREINADOR
João Eduardo Alves.
Praiense 1
André
Caneco
Rui Silva
Amonike
(Nuno Moreira, 78m)
João Borges (cap.)
Luciano Serpa
Flávio Gomes
(Vasco, 63m)
Vítor Alves
(Fábio Vicente, 60m)
António Alves
Ricardo Costa
Marco Aurélio
NÃO UTILIZADOS
Ricardo, Chalana, Benjamin e Gilberto.
TREINADOR
Manuel da Costa.
Disciplina: cartão amarelo para Gonçalo (19m), Caneco (26m), Ariston (47m), Ivan (49m), João Borges (53m), Márcio (60m), Vítor (63m), Fábio Vicente (65m), Pedro (68m), Vasco (75m), Magina (90+3m) e André (90+3m).
Marcadores: Magina (6m) e Ricardo Costa (22m).

In, DI 11.02.2013