terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

NÉLSON LOURENÇO E "NEM SÓ OS ANJOS TÊM ASAS"


Escola no topo das prioridades

O PROJETO "NEM SÓ OS ANJOS TÊM ASAS" ESTÁ NA SEGUNDA ÉPOCA DE ATIVIDADE. QUAL É O BALANÇO QUE SE PODE FAZER ATÉ AO MOMENTO?
Não faria sentido, e tenho dito isto dezenas de vezes, não continuar com o projeto no seu segundo ano, por vários motivos, desde logo a necessidade que o mesmo tem de confirmação da sua eficiência como projeto de formação. Acresce, no entanto, uma outra necessidade - continuidade dos bons resultados obtidos no ano anterior.
Em termos desportivos este projeto teve o dom de exceder as nossas espectativas mais elevadas - o seu primeiro objetivo de criar interligações entre a família, a escola e o desporto ultrapassou em larga medida o que havia sido imaginado e projetado no início da atividade. O desporto foi e é, sem sombra de dúvida, o "motor móvel" que permitiu essa ligação, de onde se retiraram "frutos" que seguramente se verão amadurecer na presente época.
Será uma pena se não o fizermos porque os verdadeiros resultados vão sentir-se efetivamente é neste segundo ano de consolidação.

AS IMPORTANTES COMPONENTES SOCIAIS E ACADÉMICAS TÊM, IGUALMENTE, CORRESPONDIDO ÀS EXPECTATIVAS? 
No plano social há um conjunto de mais-valias que não pode ser escondida. Desde logo a grande intervenção social do projeto, porquanto os atletas tiveram de efetuar grandes movimentações no sentido de fazer sentir à sociedade uma vontade expressa de se associar como um todo comunitário ao projeto, permitindo que este tivesse sucesso no final da época passada.
Também neste aspeto os ganhos provam-se pela capacidade que tivemos de ultrapassar as barreiras naturais da comunidade local, em que o Grupo Desportivo das Fontinhas se insere, e fomos, julgo eu, de uma abrangência que se estendeu para além-fronteiras no momento em que saímos da ilha e rumámos a outras paragens.
A nível académico os resultados podem ser confirmados e fundamentados com os próprios resultados obtidos pelos nossos atletas em termos escolares. Temos testemunhos familiares de grande empenho e esforço que fizeram a diferença em termos positivos na vida académica dos atletas, pese embora também haja resultados negativos que foram obviamente penalizadores de alguns atletas - não seria sequer normal que assim não fosse. Penso, sinceramente, que ganhámos todos: escolas, famílias, atletas e comunidades.

EM QUAL DOS TRÊS VETORES OS RESULTADOS SÃO MAIS VISÍVEIS: DESPORTIVO, SOCIAL OU ACADÉMICO?
É uma pergunta difícil de responder porquanto os três vetores são pilares do projeto e não penso que haja um que se saliente em relação aos outros, mas penso que tínhamos os olhos mais postos na escola e nos resultados escolares. Se tivéssemos falhado aí dificilmente diríamos que tínhamos tido sucesso. Talvez a nossa constante preocupação, em simultâneo com a dificuldade motivacional para a escola, tenha sido o motivo por que sempre demos importância e atenção especial a este vetor.
Acresce a isso o facto de este vetor também ser o que para os atletas era o de maior dificuldade. O facto de os nossos atletas estarem em idade escolar e ocuparem a maior parte do seu tempo na escola, onde desenvolvem quase todas as suas atividades sociais com interligação à família e ao desporto que surge como atividade extraordinária, faz com que a escola tenha sido a nossa maior preocupação e também por isso talvez a que maiores benefícios ganha com a implementação do projeto.

In, DI 12.02.2013

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