quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

LUSITÂNIA TEM EMPATE AMARGO


Três tristes ferros transformam
vitória merecida em empate


 JORNADA DE AZAR. Amaral, nem de grande-penalidade, conseguiu evitar os... postes
Coimbrões retraído. Lusitânia claramente atrás do triunfo. Ganhou o azar: por três vezes a bola bateu nos postes, uma de grande-penalidade.
LUÍS ALMEIDA |di
O Lusitânia acertou o calendário da 2.ª Divisão e a contabilidade com os postes, que sai claramente favorável à baliza do Coimbrões na atrasada 16.ª jornada, pois também a trave ajudou a desequilibrar um ponto que deveriam ter sido três, tantos quantos os remates que beijaram os ferros. Por entre tanto azar sobra o nulo, um castigo demasiado pesado para a única equipa que fez por merecer a vitória.
Entrou forte o Lusitânia e um minuto bastou para deixar sinais de alerta na retaguarda do Coimbrões. Os verdes precisaram de poucos toques para criar o primeiro lance de aviso e, aos nove minutos, foi Amaral, muito bem servido na esquerda pelo cruzamento de Cris, a soltar o primeiro grito de golo no frio Estádio João Paulo II. A bola, rematada com estilo, bateu caprichosamente no poste do lado contrário.
As duas equipas apresentaram esquemas idênticos, embora estrategicamente distantes: terceirenses em posição dominante; continentais a apostar nas saídas rápidas, quase sempre travadas pela dupla de centrais Dário/Miguel Oliveira. Com Alex e Pomba na vertente mais contida do meio-campo, Cris foi o mais ofensivo dos laterais e ajudou à preponderância que assumiu o lado direito do ataque. Isto porque Queirós, a 10, descaiu várias vezes para junto de Marreta, que teve mais bola do que Amaral e, logicamente, gozou de maiores pontes para construir desequilíbrio.
Mas seria novamente Amaral a travar diálogo enervante com... o poste. Lance de insistência, o esférico sobra para fora da grande-área e o remate do 18 lusitanista terá sido desviado pelo braço de Costa, com o árbitro a assinalar de pronto grande-penalidade. Guarda-redes para um lado, bola para o outro, mas o poste direito da baliza de Fábio impediu que Amaral fizesse a festa.
O descanso manteve o Lusitânia perto da baliza mas longe do golo. O ferro voltou a ser frio, como o tempo, e pela terceira vez ganhou o duelo contra as chuteiras dos jogadores da casa. Dois minutos na segunda-parte e Queirós, do meio da rua, acertou na trave. Muita má sorte. Marreta não fez melhor, desperdiçando, por duas vezes, o último toque dentro da pequena-área.
Já teria sido justa a vantagem para o Lusitânia, num conceito de justiça bastante abstrato no futebol. O Coimbrões cada vez mais retraído. Os açorianos a repetirem as tentativas. Amaral, de cabeça, e Queirós, de livre, ficaram próximos do êxito, mas a sorte continuava a não proteger os mais audazes. À hora de jogo, Francisco Faria retirou Marreta para lançar Diogo.
O Coimbrões fiou-se na sua sorte, sempre em doses de gigante. Fechou-se bem fechado e chegou a ter uma linha de seis unidades junto à grande-área. O Lusitânia insistiu, não desistiu e foi fazendo por inverter o azar. Não criou muitas oportunidades, é certo, mas foi o único a tentar criá-las. Foi novamente Amaral, já perto do fim, a desperdiçar a mais soberana. Os angrenses ficam só com um ponto porque os ferros ficaram com dois. Sorte macabra.
Arbitragem segura.
2.ª Divisão - 16.ª jornada      
Estádio João Paulo II
Árbitro: João Mendes (AF Santarém)
Assistentes: Paulo Raposo e Pedro Lopes
Ao intervalo: 0-0

Lusitânia 0
David
Dário
(49m, Celso)
Miguel Oliveira
Queirós
Pomba
Marreta
(61m, Diogo)
Cris
Amaral
Nuno Lima
Alex (Cap.)
Cardoso
NÃO UTILIZADOS
Rui Santos, Vasco, Evandro, João Silveira e David Castro.
TREINADOR
Francisco Faria.
Coimbrões 0
Fábio
Joel (Cap.)
Costa
Ricardinho
Brandão
Flávio
(90+2m, João Silva)
Luís Paulo
Paulinho
Rola
(84m, Tiago Lopes)
Nuno Pinto
Penantes
(84m, Carlos Sousa)
NÃO UTILIZADOS
Ivo e Guy.
TREINADOR
Paulo Lima.
Disciplina: amarelos para Costa (28m), Paulinho (65m) e Miguel Oliveira (74m).


In, DI 28.02.2013

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