segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

OPINIÃO - ACÁCIO MATEUS - SANÇÕES LEVES NA AFPD

OPINIÃO

ACÁCIO MATEUS


Sanções leves

O Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Ponta Delgada puniu com dois anos de suspensão o júnior Hugo Moniz, atleta do São Roque que agrediu o árbitro César Andrade no desafio da última jornada da segunda fase do campeonato de São Miguel, frente ao Santiago. Já Realejo foi sancionado com oito jogos de castigo e Pedro Pacheco passou incólume sobre as acusações que recaíam sobre si.
Olhando para o sucedido e principalmente para o facto de o árbitro do encontro ter ficado internado no hospital Divino Espírito Santo e recebido assistência médica por uma segunda vez já depois de ter recebido alta, percebe-se que a mão da disciplina foi branda, muito branda, nos castigos aplicados.
Agora já não importa quem fez o quê porque as sanções foram decididas e o que se percebe é que pesou pouco, muito pouco mesmo, a perspetiva de fazer deste um exemplo para o futuro. Ou seja, quando se julgava que o Conselho de Disciplina iria mostrar que não toleraria a violência no desporto, em especial no futebol, o que se aquilata é que uma agressão só vale dois anos de castigo e dentro em pouco os prevaricadores estão de volta aos relvados.
Pior que isso é perceber que andaram por aí algumas alminhas de Cristo a querer defender o indefensável, alegando que, se o árbitro não tivesse assinalado a penalidade que deu o empate final (3-3) para lá do tempo regulamentar, nada disto (agressões, entenda-se) teria sucedido. E eu pergunto: e por que os jogadores do São Roque não partiram para a violência quando um colega de equipa falhou um golo de balizar aberta que poderia ter dado o 4-0 no decorrer da segunda parte? Não seria esse desperdício merecedor de uns sopapos? Pelos vistos não! O pior cego é, realmente, o que não quer ver!

In, DI 04.02.201

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