segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ANGRENSE DE VENTO EM POPA


O Angrense tem correspondido e demonstrado dentro do retângulo de jogo (onde tudo se decide efetivamente) o seu assumido estatuto de candidato ao título da Série Açores e apontado, inclusive, unanimemente pelos agentes do futebol da região como o principal.
Colocando à flor do relvado sintético toda a sua capacidade técnica e aproveitando os ventos favoráveis que tem guiado a nau encarnada, o Angrense começou a construir a vitória ao minuto treze do passado sábado, dia treze, por intermédio de Pedro, que acabou por introduzir o esférico pela primeira vez nas redes de Ivo Lima, de uma forma algo atabalhoada, é verdade, mas, o que conta, na realidade, é a redondinha dentro da baliza.
Os anfitriões principiavam a dar nas vistas, mas eis que, inesperadamente, outro protagonista entra em cena, o árbitro setubalense, com a admoestação de três amarelos quase consecutivos a homens da casa, de um modo pouco comum, o que levou a equipa encarnada a sentir alguma desconfiança e incendiando os ânimos nas bancadas.
Após este momento menos feliz, as coisas voltaram à normalidade, mas, globalmente, a prestação do Angrense foi menos fugaz, mais calculada e lenta, perdendo o jogo níveis de qualidade.
Embora controlassem o desafio, os visitados não conseguiam materializar o seu domínio em ocasiões de golo e foi mesmo o adversário, sem muito fazer por isso, através de um lance fortuito, a ter a possibilidade de chegar ao empate quando Márcio Lima apareceu a cabecear, em posição frontal, valendo, na circunstância, uma esplêndida defesa de Délcio a evitar o pior para os angrenses.
Retomado o encontro, após o descanso, o guia do campeonato procurou, incessantemente, dilatar o resultado para se colocar a salvo de qualquer imponderável, o que não era crível que sucedesse, em virtude do futebol ofensivo praticamente inexistente do Vitória da ilha do Pico, mas um lance fortuito poderia complicar.
O jovem Ivan, irrepreensível nas alturas, fez a rotação perfeita para bater o guardião Ivo Lima pela segunda vez, agora através de um cabeceamento exemplar.
A partir daqui, foi a vez de o goleador mor do conjunto, Magina, picar o ponto por duas vezes no espaço de três minutos, colocando o resultado num confortável quatro a zero e acabando em definitivo com a história do jogo.
Claro está que com tamanha vantagem o Angrense quase se limitou a deixar correr o tempo, embora sempre com o controlo absoluto das operações, em que o principal ponto de interesse residia no facto de ver se o marcador engordava ainda mais.
Porém, tal não sucedeu, ficando-se o marcador por uma diferença confortável de 4-0, totalizando o Angrense, nas quatro jornadas decorridas, uns impressionantes 19 golos marcados, com uma média de 4,75 golos por jogo, o que, convenhamos, é obra para uma equipa que continua invicta e que mantém a baliza inviolável.
Arbitragem: como sublinhámos o longo da crónica, disciplinarmente muito fraquinha.
SÉRIE AÇORES    4.ª JORNADA
Municipal de Angra do Heroísmo
Árbitro: Carlos Décio (AF Setúbal)
Assistentes: Petrovic Luz e Pedro Almeida
Ao intervalo:
1-0
ANGRENSE 4
Délcio
Flor
Eugénio
Gonçalo (cap.)
Ivan
Rui Silveira
Ariston
(Graxinha, 75m)
Magina
Vitória
Ruben Rodrigues
(Márcio, 45m)
Pedro
(Miguel, 66m)
NÃO UTILIZADOS: Gonçalo Toste, Vítor, Ruben Azevedo e Luís.
TREINADOR: João Eduardo Alves.
VITÓRIA 0
Ivo Lima
Ivo Fraga (cap.)
Sandro Gomes
Carlos Alves
Pedro Santos
Toni
César Lopes
Pedro Silveira
(André Ávila, 69m)
Nicolau Silveira
(Simão Bettencourt, 82m)
Márcio Lima
(André Neves, 52m)
Diogo Oliveira
NÃO UTILIZADO: Miguel Leal.
TREINADOR: Pedro Ávila.
Disciplina: cartão amarelo para Pedro (12m), Rui (17m), Eugénio (19m), Ivo Fraga (41m), Sandro Gomes (47m), Márcio (48m), Ariston (65m) e Gonçalo (90m).
Marcadores: Pedro (13m), Ivan (53m) e Magina (61 e 64m). 

In,DI 15-10-2012

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