Angrense indignado com "dirigentes fantasmas"
ANGRENSE diz que nunca teve dirigentes ligados a nenhuma força política
Notícia publicada no "Correio dos Açores", que deixa no ar a possibilidade de o clube estar a ser beneficiado pelo poder político, indigna Angrense.
O Sport Clube Angrense está indignado com aqueles a que apelida de "dirigentes fantasmas", atendendo à publicação de uma notícia no jornal "Correio dos Açores", no passado dia 21 de fevereiro, em que é colocada em causa a atribuição de um subsídio aos encarnados no valor de 34.074 euros.
Tudo, afinal, não passou de um mal-entendido, fruto de um erro de designação no despacho publicado no Jornal Oficial, que, em vez de remeter o apoio para a participação do Angrense na 2.ª Divisão (época 2011/12), atribui o montante em referência ao clube enquanto participante na 3.ª Divisão.
Ainda assim, o Angrense lamenta o comportamento dos agentes desportivos que, sob a capa do anonimato, lançaram a notícia e, ao mesmo tempo, o facto de o jornal "Correio dos Açores" não ter procurado o clube para que fosse exercido o chamado direito ao contraditório.
Para um melhor entendimento da situação por parte dos nossos leitores, aqui fica, na íntegra e com a devida vénia, a notícia publicada no referido jornal, com o título "Subsídio ao Angrense deixa... Clubes surpreendidos", no passado dia 21 de fevereiro:
"Alguns clubes manifestam-se surpreendidos com o subsídio de 34.074 euros atribuído ao Sport Clube Angrense, por despacho do Diretor Regional do Desporto, António Gomes, de 30 de maio do ano passado.
A surpresa e as dúvidas dos dirigentes que nos fizeram chegar o Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores, de cinco de dezembro último, prendem-se com o facto de a verba se destinar 'a apoiar a utilização de atletas formados nos Açores, em seniores masculinos, da equipa participante no Campeonato Nacional de Futebol da 3.ª Divisão - Série Açores, de acordo com o artigo 42.º do Decreto Legislativo Regional n.º 21/2009/A, de dois de dezembro'.
As dúvidas relacionam-se com o facto de o Angrense ter estado na 2.ª Divisão Nacional na época passada, de já ter recebido a comparticipação referente à época de 2010/11 e de apenas nesta época voltar a competir na 3.ª Divisão Nacional, inserido na Série Açores.
Os dirigentes, que pediram para não ser identificados, pensam que os cerca de 33 mil euros foram entregues por antecipação em relação à época que decorre. Se assim é, sentem que os clubes nas mesmas condições estão lesados por 'haver quem tire dividendos por ter membros no Governo afetos ao clube em causa' e outros 'que não são tratados no mesmo pé de igualdade'.
Apresentaram-nos o Decreto Legislativo Regional nº 21/2009/A que, no artigo 42.º, diz que:
'1 - Para efeitos da atribuição da comparticipação referida no artigo anterior, os limites de utilização de atletas que não sejam formados no clube ou formados nos Açores são determinados proporcionalmente ao número máximo de atletas utilizáveis em cada jogo e variam por nível competitivo;
2 - Os montantes são calculados a partir do valor base a que se refere o artigo 40.º do presente diploma, de acordo com os índices constantes do anexo III do presente diploma, do qual faz parte integrante;
3 - Quando mais de 50% dos atletas forem formados no clube, os montantes referidos no número anterior são majorados em 50%;
4 - Os apoios resultantes da aplicação do presente artigo são reduzidos em 50% sempre que os clubes desçam de divisão ou nível competitivo'.
Esperam os diretores dos clubes que 'haja uma explicação por parte da Direção Regional do Desporto'".
In, DI 11.03.2013
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