segunda-feira, 4 de março de 2013

JOÃO EDUARDO ALVES - "AINDA ACREDITAMOS QUE PODEMOS SER CAMPEÕES"


A crença de João Eduardo num título ainda possível


Sem desculpas. O mérito é do líder e resta ao Angrense "lutar até ao fim" na segunda fase da Série Açores. O treinador João Eduardo Alves acredita no valor da equipa, razão pela qual não desiste do título.
LUÍS ALMEIDA |di







A melhor época de sempre não chega para ser líder. Aliás, não foi suficiente, inclusive, para estar mais próximo da liderança do Praiense, que soma 50 pontos no final da primeira fase da Série Açores de futebol. O Angrense tem menos 10, ainda assim mais do que em 2006/07 (37) e 2010/11 (39), épocas em que se sagrou campeão. Mais do que deméritos próprios, João Eduardo reconhece o mérito do rival.
Numa breve análise à campanha da equipa na presente temporada, o técnico encarnado considera que há "muito mérito no feito do Praiense", que ainda não perdeu para a Série Açores (cedeu apenas dois empates). "Mas é uma situação que só acontece esporadicamente e, aliás, nunca havia acontecido antes. Mas é mérito do adversário, como se comprova pela excelente campanha que fez, mesmo que ninguém tivesse à espera de um Praiense tão forte. Foi-se motivando e, em alguns jogos, teve também a estrelinha de quem vai na frente", acrescenta.
Apesar da larga distância, João Eduardo Alves evita apontar justificações para os 10 pontos de desvantagem. "Poderia encontrar uma série de argumentos, mas prefiro não o fazer. No futebol há situações de castigos, da bola que bate no poste, de grandes-penalidades que são marcadas e não o deveriam ser, entre outras, mas a distância é tão só a que se traduz nestes 10 pontos", salienta, garantindo que esta não é a diferença real entre os dois plantéis.
Certo é que, nos dois confrontos realizados diante do Praiense, os vermelhos da Rua de S. João sofreram cinco golos e concretizaram apenas um. A goleada por 4-0 averbada na Praia da Vitória, no jogo da primeira volta, não significou mais do que três pontos, sustenta João Eduardo Alves. "Foram três pontos que o adversário nos ganhou. Foi, acima de tudo, um dia mau para o Angrense e em que tudo saiu bem ao Praiense", opina.

NÃO DESISTIR

"Vamos perseguir
o primeiro lugar"
Mesmo com somente 18 pontos para disputar na segunda fase do campeonato e com 10 de atraso, João Eduardo Alves não atira a toalha ao chão. Continuar a lutar é o objetivo para o apuramento do campeão da Série Açores. "Temos consciência que não estamos em posição segura relativamente às nossas metas, mas sabemos que temos valor para as conquistar. Acredito que ainda é possível chegar ao título, mesmo sendo difícil. Temos de lutar até ao fim. Enquanto for possível, vamos perseguir o primeiro lugar", explica.
João Eduardo Alves entende que o facto de existirem duas vagas para a subida de divisão pode ter levado a algum "conforto" pela diferença que, a determinada altura, existiu para o terceiro lugar, mesmo negando qualquer conformismo. "Isto poderá ter causado uma prestação q.b. da nossa parte", adianta.
Apontado como o principal favorito à partida, até pela bagagem adquirida na estreia na 2.ª Divisão e por ter mantido a base do plantel, o técnico do Angrense confessa, no entanto, que esse argumento nem sempre foi efetivo.
"Os jogadores poderão ter sentido, talvez inconscientemente, que a experiência apenas e só pela passagem na 2.ª Divisão, mais cedo ou mais tarde, viria ao de cima. Não é assim. É evidente que esta experiência só será uma mais-valia quando colocada em prática com os restantes atributos em termos de valores individuais e coletivos", refere o timoneiro do melhor ataque do campeonato.
Mesmo realizando a melhor campanha de sempre, o Angrense não está tranquilo na segunda posição, pois o Sporting Ideal está a apenas três pontos. Porém, João Eduardo Alves considera que existe uma "diferença grande" entre os primeiros dois e os restantes adversários. "Há sempre uma 'equipa-surpresa', pela positiva, mas todas as outras têm uma diferença de valores para os dois primeiros que é grande. É isto que reflete a classificação", conclui.

In, DI 04.03.2013

Sem comentários:

Enviar um comentário