LUSITÂNIA x ESPINHO

Bis de Nuno Lima foi
Espinho de desilusão

 LUSITÂNIA deixou escapar uma vantagem de dois golos na receção ao Espinho

Nuno Lima fabricou o 2-0 ao intervalo, resultado que durou cerca de 70 minutos. Depois entrou Pedro Pires e... voaram dois pontos.

LUÍS ALMEIDA |di





A tática trouxe duas ideias de jogo diferentes. O Lusitânia manteve a sua filosofia, com Queirós nas costas de Nuno Lima e Amaral, na esquerda, e Marreta, na direita, a forçar os desequilíbrios pelas faixas. Pomba e Alex vigiaram o meio-campo, sendo que o capitão verde-branco teve de recuar várias vezes para apoiar a defesa, até porque o Espinho colocou duas unidades na frente, Allan e Capela, deixando apenas Valença como trinco.
Tudo isto se desmoronou um pouco aos 13 minutos e a responsabilidade é toda de Nuno Lima: a defesa forasteira ficou "aos papéis" e o ponta-de-lança leonino, com a parte de fora da bota, a rematar com a direção, a força e o jeito necessários para concretizar um golo de belo efeito. Se confiante estava, mais confiante ficou a equipa de Francisco Faria.
Por momentos, o encontro mudou e bastaram 10 minutos, mais segundo, menos segundo, para o 14.º classificado, que luta pela manutenção, bater fortemente o pé ao terceiro. O Sp. de Espinho nem sempre revelou segurança no interior do quarteto recuado e o Lusitânia, aqui e ali, aproveitou bem os espaços nas costas da defesa contrária para criar perigo. Aos 25 minutos, a cor do resultado ganhou mais verde: Queirós furou como quis e, sobre a meia-lua, o esférico sobrou para o bis de Nuno Lima.
Os continentais ainda tentaram responder nos primeiros 45 minutos, mas a investidas não passaram de meras tentativas bem solucionadas pelos locais. Reação mais efetiva apenas após o descanso. Fernando Valente mexeu em tempo de intervalo, mudou parcialmente a dupla avançada e colocou Japa ao lado de Capela. Foi o jogador recém-entrado, logo nos primeiros segundos, a desaproveitar um cabeceamento que prometia perigo.
Aos poucos, o Lusitânia assentou. Até à hora de jogo não permitiu grandes veleidades, mas também não foi capaz de sair em contragolpe, não obstante o incrível falhanço de Marreta, logo aos cinco minutos. Aos 65 foi David a ser gigante entre os postes e a defender, por duas vezes consecutivas, aquele que parecia ser um golo certo.
Mas este Sp. de Espinho não era de fiar e provou-o a partir do minuto 71, quando Pedro Pires, acabadinho de entrar, reduziu a desvantagem. Os visitantes já tinham arriscado com três alterações e o Lusitânia começava a revelar algumas fragilidades, passando a perder as disputas de bola e os lances de um contra um. Resultado: Pedro Pires, quase a papel químico (cruzamento da esquerda e remate de cabeça ao segundo poste), consumou o 2-2. Autêntico balde de água fria.
Justiça seja feita, o Lusitânia ainda teve fôlego para responder, mesmo sem qualquer substituição, algo que o coletivo já necessitava há muito. Um ou outro projeto de finalização ameaçou, mas o Espinho, nesta altura, já mostrava agrado pelo empate. Uma divisão que mantém os verde-brancos longe das derrotas (não perdem há cinco jogos, com 5-0 ao Operário pelo meio), mas são também dois pontos que se perdem.
Arbitragem com uma ou outra gralha, mas sem comprometer.
 2.ª DIVISÃO - 8.ª JORNADA
Estádio João Paulo II
Árbitro: André Gralha (AF Santarém)
Assistentes: Pedro Sousa e Carlos Pereira
Ao intervalo:
2-0

Lusitânia 2
David
Ricardo
Miguel Oliveira
Queirós
Pomba
Marreta
Cris
Amaral
Nuno Lima
Alex (cap.)
Cardoso
NÃO UTILIZADOS
Rui Santos, Celso, Diogo Picanço, Vasco, Bebé, João Silveira e David Castro.
TREINADOR
Francisco Faria.
Sp. Espinho 2
Pedro Miguel
Correia (cap.)
Hugo Silva
Allan
(Japa, 45m)
Capela
Vieira
Valença
(Oliveira, 67m)
Caetano
Mike
Miguel
Machado
(Pedro Pires, 60m)
NÃO UTILIZADOS
Rafael e Fabinho.
TREINADOR
Fernando Valente.
Disciplina: cartão amarelo para Nuno Lima (41m), Pedro Pires (65m), Ricardo (68m), Mike (80m), Japa (82m), Cris (82m) e Mike (82m).
Marcadores: Nuno Lima (13 e 25m) e Pedro Pires (71 e 77m).

In, DI 11.03.2013